sábado, outubro 22, 2011


Absurdos da Humanidade

Heinrich Himmler




 Ficha Criminal

Nome Heinrich Himmler
Nascimento - 07 de outubro de 1900, Munique
Morte - 23 de maio de 1945 (44 anos) Lüneburg
Nacionalidade -  Alemão
Partido Político -  Nazista
Serviço Militar:
Patente - Reichsführer-SS 
Cargo - Líder das  SS (Schutzstaffel) e Ministro do Interior do Terceiro Reich

Heinrich Luitpold Himmler (Munique, 07 de Outubro de 1900  Lüneburg, 23 de Maio de 1945) foi o comandante da Schutzstaffel – SS (Reichsführer-SS) e um dos mais poderosos homens da Alemanha Nazista. Foi uma figura chave na organização e execução do Holocausto (eliminação física de todos os indesejáveis ao partido, como judeus, ciganos, astrólogos, líderes de outros partidos, opositores dos idéias nazistas, intelectuais de todas etnias, líderes religiosos ou qualquer tipo de resistência as determinações de Hitler).

Biografia

Nascido perto de Munique, na Baviera, Alemanha numa família de classe média, foi criado em uma família de tradição católica. Filho de um reitor bávaro, estudou na escola de Landshut (na qual não teve notas significativas de aprendizado). Após a sua graduação, foi Himmler designado como um Cadete Oficial em 1918. Durante a Primeira Guerra Mundial, entrou para o 11º Regimento bávaro. Um pouco antes, Himmler foi comicionado como um oficial; entretanto, a guerra terminou e Himmler foi retirado do exército sem ter estado em combate (o que causou profundo pesar, uma vez que ele se imaginava em grandes feitos heróicos durante a batalha, como seus heróis nórdicos).

Em 1919, um ano após o fim da Primeira Guerra Mundial, Himmler (totalmente frustrado, introspectivo, desinteressado e desajustado ao seu meio) começou a estudar Ciências Agrícolas num colégio técnico em Munique. Durante o seu tempo como estudante, foi um membro ativo de vários clubes estudantis, sempre procurando onde se apoiar. Ao mesmo tempo, tornou-se ativo em Freikorps, exércitos privados da ala direita de ex-soldados do Exército Alemão, ressentidos pela derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Himmler entrou para o Reichkriegsflagge e, em 1923, aderiu ao Partido Nazista (diga-se de passagem, que as Freikorps eram dispostas a tudo, aparecendo mais um bandos armados do que tropas governamentais), que então estava recrutando membros dos Freikorps como potenciais membros das novas unidades Nazistas, a Sturmabteilung , as AS (brutal, impiedosa e cruel quando a qualquer oposição a filosofia do Partido Nacional Socialista, ou Nazi).

Partido Nazista

Em 1923, Himmler era um Sargento Feldwebel na Reichkriegsflagge (soldado inexpressível) e carregou a Signa Imperial Alemã de Batalha no chamado “Putsch da Cervejaria” (foto notável em que aparece na época, em 08 de Novembro de 1923, quando o partido Nazista falhou em uma tentativa de tirar o governo da Baviera do poder, tendo resultado a prisão de Adolf Hitler.


Entre 1923 e 1925, com o partido Nacional-Socialista lutando por uma causa perdida, o novamente frustrado Himmler dedicou-se a outras atividades e com o seu diploma de agricultura tornou-se um fazendeiro de galinhas. Não sendo bem sucedido (achava uma vida enfadonha e chata, voltando-se ao re-fundado partido Nazista, já nos fins de 1926 (sob o comando de Hitler, logo após que foi solto de sua prisão pelo Putsch da Cervejaria”. Em 1927, casou-se com Margaret Boden (mais pelo sustento econômico do que por amor).

Pela sua minuciosa perspicácia e pela sua mania de exatidão, rapidamente Himmler foi posto para trabalhar no Partido Nazista e tornou-se vice-comandante de distrito e deputado Gauleiter da Baviera - Superior e também secretário do Oberste SA- Führer Franz Pfeffer Von Salomon.


Foi então nomeado sucessivamente SA-Sturmführer em 1926, Oberführer edepois SS-Gauführer em uma pequena unidade da SA conhecida como Schutzstaffel (tropa de choque de proteção à Hitler, pois as AS já não eram mais confiáveis), ou SS. Em 1927, tornou-se vice-comandante da SS até que aceitou a tarefa de ser seu vice-líder (pessoalmente, Himmler é descrito como inexpressivo, maçante e insignificante , nas um ‘cão burocrata’ que cumpria com selo suas tarefas indicadas).

Ascensão na SS


Entre 1927 e 1929, Himmler dedicou-se crescentemente às tarefas como vice-Reichsführer-SS. Com a demissão do comandante da SS, Erhard Heiden, foi designado o novo Reichsführer-SS em janeiro de 1929. Na ocasião, foi nomeado para conduzir a SS, que possuía apenas 280 membros, e considerada um batalhão insignificante perto das AS. Até então, Himmler era chamado de SA-Oberführer, mas depois de 1929, se auto-declarou como "Reichsführer-SS".

Em 1933, quando o Partido Nazista começou a ganhar poder na Alemanha, Himmler já havia conseguido 52.000 membros para a SS, e a organização desenvolveu severos requisitos sociais para assegurar que todos os membros fossem arianos assim como o Führer (era exigido do candidato com documentação comprovando nacionalidade alemã, comprovação de pureza racial por meio do estudo de sua árvore genealógica familiar, simpatizante do partido, branco, forte, de preferência de olhos azuis).


Himmler então se esforçou para livrar a SS do controle da SA, introduzindo uniformes pretos, para substituir as camisas marrons da SA.  Posteriormente foi promovido a SS-Obergruppenführer und Reichsführer-SS, e passou a possuir poderes iguais a de um comandante da SA, que nessa época detestaram o poder que a SS (pois sempre consideravam as SS como soldadinhos de brinquedo de Himmler) passou a ter.

Tanto Himmler como Hermann Göring (herói da I Guerra Mundial como piloto), e outros braços direitos de Hitler, concordaram que a SA e seu líder, Ernst Röhm (homem rude, homossexual, impiedoso com seus inimigos e de olho no poder de Hitler), eram uma ameaça não só para o exército alemão como também para toda a liderança nazista na Alemanha. Röhm acreditava que, embora Hitler tivesse ganhado poder na Alemanha, a real revolução ainda não tinha começado, deixando alguns líderes nazistas com a convicção de que Röhm poderia usar a SA para tentar um golpe (o que era bem provável, pois tinha ameaçado Hitler várias vezes de maneira dissimulada). Com a intriga de Himmler e Göring, Hitler começou a verdadeiramente se sentir ameaçado, e ordenou a morte de Röhm.

Ele delegou esta tarefa a Himmler e Göring que, junto com Reinhard Heydrich (frio, profundamente interesseiro, mestre nas intrigas e na espionagem, carrasco impiedoso, seria o braço direito de Himmler e posteriormente assassinado em Praga, na Polônia), Kurt Daluege e Walter Schellenberg, executaram-no com muitos outros funcionários de alto cargo da SA, episódio que ficou conhecido como “A Noite das Longas Facas em 30 de junho de 1934. No dia seguinte, o título de Himmler de Reichsführer-SS tornou-se o grau de liderança e permaneceu nessa posição, enquanto as SS se tornram uma organização independente do Partido Nazista, tendo como componentes homens extremamente fiéis à filosofia nazista e principalmente, fiéis à Hitler até a morte.

Consolidação do Poder

Heinrich Himmler em visita ao Campo de Concentração de Dachau.

Em 1936, Himmler tinha ganhado mais autoridade, enquanto que as SS absorviam todas as agências policiais locais no novo Ordnungspolizei, considerado um quartel-general das SS. As forças da polícia secreta alemã (as SD) estavam também sob autoridade de Himmler na  Sicherheitspolizei que se expandiu, em 1939, no Reichsicherheitshauptamt. Os SS estavam a desenvolver o seu ramo militar, conhecido como SS-Verfügungstruppe, que mais tarde viria a ficar conhecido como Waffen-SS (soldados corajosos e decididos à tudo, admirados por generais e temidos pelos inimigos).

Himmler e o Holocausto

Após a “Noite das Longas Facas”, a SS-Totenkopfverbande ficaram com a tarefa de organizar e administrar todos os campos de concentração do regime da Alemanha, e  após 1941, os campos de extermínio da Polônia. As SS, através do seu braço de inteligência, a  Sicherheitsdienst (SD), que foi encarregada de encontrar judeus, ciganos, homossexuais, comunistas e quaisquer outras culturas ou raças condenadas pelos Nazistas por serem Untermenschen (sub-humanos) ou em oposição deste regime, e serem colocados em campos de concentração.


Himmler tornou-se num dos principais arquitetos do Holocausto, usando elementos míticos e uma opinião fanática na ideologia racista Nazista para justificar o homicídio em massa e o genocídio de milhões de vitimas.

A Segunda Guerra Mundial
Em 1944, foi concedido ainda mais poder a Himmler como resultado de uma rivalidade entre o Sicherheitsdienst (o SD) e o Abwehr (o braço de inteligência da Wehrmacht, o exército alemão).

O envolvimento de muitos dos líderes de Abwehr, incluindo seu comandante, Almirante Canaris, em 20 de julho de 1944 na conspiração contra Hitler, o levou a acabar com o Abwehr e fazer o SD o único serviço de inteligência do Terceiro Reich. Isto aumentou consideravelmente o poder de Himmler.

Em 1944, Himmler se tornou o chefe de grupo de exército Oberrhein (Reno Superior) que estava lutando com o 7º Exército dos Estados Unidos e o 1º Exército francês na região da Alsácia no lado oeste do Reno. Himmler ficou nesse posto até 1945, quando ele foi enviado para comandar um grupo que enfrentou o Exército Vermelho no Leste. Mas Himmler não tinha nenhuma experiência militar prática como comandante no campo de batalha; então foi retirado da frente e designado Chefe do Exército da Alemanha. Ao mesmo tempo, foi designado como Ministro do Interior alemão e considerado por muitos um candidato a suceder Hitler como o Führer de Alemanha.

Traição, Captura, e Morte


Por volta de 1945, a Waffen-SS de Himmler possuía 800 mil membros, e a Allgemeine-SS (pelo menos no papel) mais de dois milhões de membros. Entretanto, já na primavera de 1945, Himmler perdera a fé na vitória alemã, de acordo com suas discussões com seu massagista Felix Kersten e Walter Schellenberg. Ele chegou à conclusão que, para uma vitória do regime nazista, este deveria buscar a paz com o Reino Unido e os Estados Unidos. Ele então contatou o Conde Folke Bernadotte, da Suécia, em Lübeck, perto da fronteira dinamarquesa, e iniciou negociações para a rendição no Leste. Himmler tinha esperança que os americanos e britânicos lutariam contra seus aliados russos em conjunto com o restante da Wehrmacht. Quando Hitler descobriu, Himmler foi declarado um traidor e destituído de todos seus títulos e cargos.

Na época da acusação contra de Himmler, ele era o Reich Leader-SS, chefe principal da SS, Chefe da Policia Alemã, Comissário chefe da nacionalidade alemã, Ministro-chefe do Interior, Comandante supremo do Volksturm e Comandante Supremo do Exercito Interno (Home Army).

Himmler depois se dirigiu aos americanos como desertor, entrando em contato com Dwight Eisenhower e proclamando que entregaria toda a Alemanha para os Aliados se Himmler fosse poupado de julgamento como um líder Nazista. Um exemplo final do estado mental de Himmler; ele próprio enviou um documento ao General Eisenhower dizendo que queria se inscrever para a posição de "Ministro da Polícia" na Alemanha pós-guerra. Porém, Eisenhower (claro) se recusou a ter qualquer relação com Himmler, e ele foi então declarado criminoso de guerra.

Tentando não ser capturado, Himmler se disfarçou de membro da Gendarmerie, mas foi capturado e logo reconhecido, em 22 de Maio, em Bremen, Alemanha, por uma unidade do Exército Britânico. Foi marcada uma data para o julgamento de Himmler, juntamente com outros grandes criminosos de guerra, mas ele cometeu suicídio em Lüneburg engolindo uma cápsula de cianeto antes do interrogatório.

Eu sou Heinrich Himmler”.
Essas foram suas últimas palavras.


Temido por seus inimigos, muitos historiadores tem discutido se Himmler era mais guiado pelos seus subalternos do que pelas suas próprias aspirações. Sua mulher e filha chamada Gudrun (Burwitz) (nascida em 1929) sobreviveram a ele, e, inclusive, sua filha ainda vive (2011) na Alemanha (há boatos de que foram protegidas por duma associação de ex-SS’s, fieis à doutrina Nazista, fato nunca comprovado em função do seu silencio acerca do passado).


 Postado ao som de MVBill, "Causa e efeito"

Nenhum comentário:

Postar um comentário