Heinrich Himmler
Himmler então se esforçou para livrar a SS do controle da SA, introduzindo uniformes pretos, para substituir as camisas marrons da SA. Posteriormente foi promovido a SS-Obergruppenführer und Reichsführer-SS, e passou a possuir poderes iguais a de um comandante da SA, que nessa época detestaram o poder que a SS (pois sempre consideravam as SS como soldadinhos de brinquedo de Himmler) passou a ter.
Himmler tornou-se num dos principais arquitetos do Holocausto, usando elementos míticos e uma opinião fanática na ideologia racista Nazista para justificar o homicídio em massa e o genocídio de milhões de vitimas.
Por volta de 1945, a Waffen-SS de Himmler possuía 800 mil membros, e a Allgemeine-SS (pelo menos no papel) mais de dois milhões de membros. Entretanto, já na primavera de 1945, Himmler perdera a fé na vitória alemã, de acordo com suas discussões com seu massagista Felix Kersten e Walter Schellenberg. Ele chegou à conclusão que, para uma vitória do regime nazista, este deveria buscar a paz com o Reino Unido e os Estados Unidos. Ele então contatou o Conde Folke Bernadotte, da Suécia, em Lübeck, perto da fronteira dinamarquesa, e iniciou negociações para a rendição no Leste. Himmler tinha esperança que os americanos e britânicos lutariam contra seus aliados russos em conjunto com o restante da Wehrmacht. Quando Hitler descobriu, Himmler foi declarado um traidor e destituído de todos seus títulos e cargos.
Ficha Criminal
Nome – Heinrich Himmler
Nascimento - 07 de outubro de 1900, Munique
Morte - 23 de maio de 1945 (44 anos)
Lüneburg
Nacionalidade - Alemão
Partido Político - Nazista
Serviço
Militar:
Patente - Reichsführer-SS
Cargo - Líder das SS (Schutzstaffel) e Ministro do Interior do Terceiro Reich
Patente - Reichsführer-SS
Cargo - Líder das SS (Schutzstaffel) e Ministro do Interior do Terceiro Reich
Heinrich Luitpold Himmler (Munique, 07 de Outubro de 1900 — Lüneburg, 23 de Maio de 1945) foi o
comandante da Schutzstaffel – SS (Reichsführer-SS) e um dos mais
poderosos homens da Alemanha
Nazista. Foi uma figura
chave na organização e execução do Holocausto (eliminação
física de todos os indesejáveis ao partido, como judeus, ciganos, astrólogos,
líderes de outros partidos, opositores dos idéias nazistas, intelectuais de
todas etnias, líderes religiosos ou qualquer tipo de resistência as
determinações de Hitler).
Biografia
Nascido perto de Munique, na Baviera, Alemanha numa família de
classe média, foi criado em uma família
de tradição católica. Filho de um reitor bávaro, estudou na escola de Landshut (na qual não
teve notas significativas de aprendizado). Após a sua graduação, foi Himmler designado como um Cadete Oficial em 1918. Durante a Primeira Guerra Mundial, entrou para o 11º Regimento bávaro. Um pouco antes, Himmler foi comicionado como um oficial;
entretanto, a guerra terminou e Himmler
foi retirado do exército sem ter estado em combate (o que causou profundo
pesar, uma vez que ele se imaginava em grandes feitos heróicos durante a
batalha, como seus heróis nórdicos).
Em 1919, um ano após o
fim da Primeira Guerra Mundial, Himmler (totalmente frustrado,
introspectivo, desinteressado e desajustado ao seu meio) começou a estudar Ciências Agrícolas num colégio
técnico em Munique. Durante o seu
tempo como estudante, foi um membro ativo de vários clubes estudantis, sempre
procurando onde se apoiar. Ao mesmo tempo, tornou-se ativo em Freikorps, exércitos privados da ala direita de
ex-soldados do Exército Alemão, ressentidos pela derrota da Alemanha na
Primeira Guerra Mundial. Himmler
entrou para o Reichkriegsflagge e, em 1923, aderiu ao Partido Nazista
(diga-se
de passagem, que as Freikorps eram dispostas
a tudo, aparecendo mais um bandos armados do que tropas governamentais), que
então estava recrutando membros dos Freikorps como potenciais
membros das novas unidades Nazistas, a Sturmabteilung ,
as AS (brutal, impiedosa e cruel quando a qualquer oposição a filosofia do Partido
Nacional Socialista, ou Nazi).
Partido Nazista
Em 1923, Himmler era um Sargento Feldwebel na Reichkriegsflagge (soldado
inexpressível) e
carregou a Signa Imperial Alemã de
Batalha no chamado “Putsch da Cervejaria” (foto notável
em que aparece na época, em 08 de Novembro de 1923, quando o partido Nazista falhou em uma
tentativa de tirar o governo da Baviera do poder, tendo
resultado a prisão de Adolf Hitler.
Entre 1923 e 1925, com o partido Nacional-Socialista lutando por uma
causa perdida, o novamente frustrado Himmler
dedicou-se a outras atividades e com o seu diploma de agricultura tornou-se um
fazendeiro de galinhas. Não sendo bem
sucedido (achava uma vida enfadonha e chata, voltando-se ao re-fundado partido Nazista, já nos fins de 1926 (sob o comando
de Hitler, logo após que foi solto de sua prisão pelo “Putsch da Cervejaria”. Em 1927, casou-se com Margaret Boden (mais pelo
sustento econômico do que por amor).
Pela sua
minuciosa perspicácia e pela sua mania de exatidão, rapidamente Himmler foi posto para trabalhar no Partido Nazista e tornou-se
vice-comandante de distrito e deputado Gauleiter da Baviera - Superior e também secretário
do Oberste SA- Führer Franz Pfeffer Von Salomon.
Foi então nomeado sucessivamente SA-Sturmführer em 1926, Oberführer edepois SS-Gauführer em uma pequena
unidade da SA conhecida como Schutzstaffel (tropa de choque de
proteção à Hitler, pois as AS já não eram mais confiáveis), ou SS. Em 1927, tornou-se vice-comandante
da SS até que aceitou a tarefa de ser seu vice-líder (pessoalmente, Himmler é descrito como inexpressivo, maçante e insignificante
, nas um ‘cão burocrata’ que cumpria com selo suas tarefas indicadas).
Ascensão na SS
Entre 1927 e 1929, Himmler dedicou-se crescentemente às
tarefas como vice-Reichsführer-SS. Com a demissão
do comandante da SS, Erhard
Heiden,
foi designado o novo Reichsführer-SS em janeiro de 1929. Na ocasião,
foi nomeado para conduzir a SS, que
possuía apenas 280 membros, e
considerada um batalhão insignificante perto das AS. Até então, Himmler
era chamado de SA-Oberführer, mas depois de 1929, se auto-declarou como "Reichsführer-SS".
Em 1933, quando o Partido Nazista começou a ganhar poder
na Alemanha, Himmler já havia conseguido 52.000 membros para a SS, e a organização desenvolveu severos
requisitos sociais para assegurar que todos os membros fossem arianos assim como o Führer (era exigido do candidato com
documentação comprovando nacionalidade alemã, comprovação de pureza racial por
meio do estudo de sua árvore genealógica familiar, simpatizante do partido,
branco, forte, de preferência de olhos azuis).
Himmler então se esforçou para livrar a SS do controle da SA, introduzindo uniformes pretos, para substituir as camisas marrons da SA. Posteriormente foi promovido a SS-Obergruppenführer und Reichsführer-SS, e passou a possuir poderes iguais a de um comandante da SA, que nessa época detestaram o poder que a SS (pois sempre consideravam as SS como soldadinhos de brinquedo de Himmler) passou a ter.
Tanto Himmler como Hermann
Göring
(herói da I Guerra Mundial como
piloto), e outros braços direitos de Hitler,
concordaram que a SA e seu líder, Ernst
Röhm (homem
rude, homossexual, impiedoso com seus inimigos e de olho no poder de Hitler),
eram uma ameaça não só para o exército
alemão como também para toda a liderança
nazista na Alemanha. Röhm acreditava que, embora Hitler tivesse ganhado poder na Alemanha, a real revolução ainda não tinha começado,
deixando alguns líderes nazistas com
a convicção de que Röhm poderia usar
a SA para tentar um golpe (o que era
bem provável, pois tinha ameaçado Hitler várias vezes de maneira dissimulada).
Com a intriga de Himmler e Göring, Hitler começou a verdadeiramente se sentir ameaçado, e ordenou a
morte de Röhm.
Ele delegou esta
tarefa a Himmler e Göring que, junto com Reinhard
Heydrich (frio,
profundamente interesseiro, mestre nas intrigas e na espionagem, carrasco
impiedoso, seria o braço direito de Himmler
e posteriormente assassinado em Praga,
na Polônia), Kurt Daluege e Walter
Schellenberg,
executaram-no com muitos outros funcionários de alto cargo da SA, episódio que ficou conhecido como “A
Noite das Longas Facas” em 30
de junho de 1934. No dia
seguinte, o título de Himmler de Reichsführer-SS tornou-se o grau
de liderança e permaneceu nessa posição, enquanto as SS se tornram uma organização independente do Partido Nazista, tendo como componentes homens extremamente fiéis à
filosofia nazista e principalmente, fiéis à Hitler até a morte.
Consolidação do Poder
Heinrich Himmler em visita ao Campo de Concentração de Dachau.
Em 1936, Himmler
tinha ganhado mais autoridade, enquanto que as SS absorviam todas as agências policiais locais no novo Ordnungspolizei, considerado um
quartel-general das SS. As forças da
polícia secreta alemã (as SD) estavam
também sob autoridade de Himmler na Sicherheitspolizei que se expandiu,
em 1939, no Reichsicherheitshauptamt. Os SS estavam a desenvolver o seu ramo
militar, conhecido como SS-Verfügungstruppe, que mais tarde
viria a ficar conhecido como Waffen-SS
(soldados
corajosos e decididos à tudo, admirados por generais e temidos pelos inimigos).
Himmler e o Holocausto
Após a “Noite das Longas Facas”, a SS-Totenkopfverbande ficaram com a tarefa
de organizar e administrar todos os campos de
concentração do regime da Alemanha, e após 1941,
os campos de
extermínio da Polônia. As SS, através do seu braço de inteligência, a Sicherheitsdienst (SD), que foi encarregada de encontrar judeus, ciganos, homossexuais, comunistas e quaisquer outras culturas ou raças condenadas
pelos Nazistas por serem Untermenschen (sub-humanos) ou em oposição deste regime, e serem colocados em campos de concentração.
Himmler tornou-se num dos principais arquitetos do Holocausto, usando elementos míticos e uma opinião fanática na ideologia racista Nazista para justificar o homicídio em massa e o genocídio de milhões de vitimas.
A Segunda Guerra Mundial
Em 1944, foi concedido
ainda mais poder a Himmler como
resultado de uma rivalidade entre o Sicherheitsdienst
(o SD) e o Abwehr (o braço de
inteligência da Wehrmacht, o exército alemão).
O envolvimento de muitos dos líderes de Abwehr, incluindo seu comandante, Almirante
Canaris,
em 20
de julho de 1944 na conspiração
contra Hitler, o levou a acabar com
o Abwehr e fazer o SD o
único serviço de inteligência do Terceiro Reich. Isto aumentou consideravelmente
o poder de Himmler.
Em 1944, Himmler se tornou o chefe de grupo de
exército Oberrhein (Reno Superior) que estava lutando com o 7º Exército dos Estados
Unidos e o 1º Exército francês na região da Alsácia no lado oeste do
Reno. Himmler ficou nesse posto até 1945,
quando ele foi enviado para comandar um grupo que enfrentou o Exército
Vermelho no Leste. Mas Himmler não tinha nenhuma experiência
militar prática como comandante no campo de batalha; então foi retirado da
frente e designado Chefe do Exército da
Alemanha. Ao mesmo tempo, foi designado como Ministro do Interior alemão e considerado por muitos um candidato a
suceder Hitler como o Führer de Alemanha.
Traição, Captura, e Morte
Por volta de 1945, a Waffen-SS de Himmler possuía 800 mil membros, e a Allgemeine-SS (pelo menos no papel) mais de dois milhões de membros. Entretanto, já na primavera de 1945, Himmler perdera a fé na vitória alemã, de acordo com suas discussões com seu massagista Felix Kersten e Walter Schellenberg. Ele chegou à conclusão que, para uma vitória do regime nazista, este deveria buscar a paz com o Reino Unido e os Estados Unidos. Ele então contatou o Conde Folke Bernadotte, da Suécia, em Lübeck, perto da fronteira dinamarquesa, e iniciou negociações para a rendição no Leste. Himmler tinha esperança que os americanos e britânicos lutariam contra seus aliados russos em conjunto com o restante da Wehrmacht. Quando Hitler descobriu, Himmler foi declarado um traidor e destituído de todos seus títulos e cargos.
Na época da acusação contra de Himmler, ele era o Reich Leader-SS, chefe
principal da SS, Chefe da Policia Alemã, Comissário chefe da nacionalidade alemã,
Ministro-chefe do Interior, Comandante supremo do Volksturm e Comandante Supremo do Exercito Interno
(Home Army).
Himmler depois se dirigiu aos americanos
como desertor, entrando em contato com Dwight Eisenhower e proclamando que entregaria toda a Alemanha para os Aliados se Himmler fosse poupado de
julgamento como um líder Nazista. Um exemplo final do estado mental de Himmler; ele próprio enviou um
documento ao General Eisenhower
dizendo que queria se inscrever para a posição de "Ministro da Polícia" na Alemanha
pós-guerra. Porém, Eisenhower (claro)
se recusou a ter qualquer relação com Himmler,
e ele foi então declarado criminoso de guerra.
Tentando não ser capturado, Himmler se disfarçou de membro da Gendarmerie, mas foi capturado e logo
reconhecido, em 22 de Maio, em Bremen, Alemanha, por uma
unidade do Exército Britânico. Foi
marcada uma data para o julgamento de Himmler,
juntamente com outros grandes criminosos
de guerra, mas ele cometeu suicídio em Lüneburg engolindo uma cápsula de cianeto antes do interrogatório.
“Eu sou Heinrich
Himmler”.
Essas foram suas
últimas palavras.
Temido por seus inimigos, muitos
historiadores tem discutido se Himmler
era mais guiado pelos seus subalternos do que pelas suas próprias aspirações.
Sua mulher e filha chamada Gudrun (Burwitz) (nascida em 1929) sobreviveram a
ele, e, inclusive, sua filha ainda vive (2011)
na Alemanha (há boatos de que foram
protegidas por duma associação de ex-SS’s,
fieis à doutrina Nazista, fato nunca
comprovado em função do seu silencio acerca do passado).
Postado ao som de MVBill, "Causa e efeito"
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