sexta-feira, agosto 07, 2009


Demonologia


Lúcifer


Do latim, lux, lucis = luz; ferre = carregar. Nos começos da Igreja, o epíteto de "portador da luz" aplicava-se ao CristoCósmico. Depois, por confusão, aplicou-se ao grande revoltado cósmico da lenda rabínica, "principe dos demônios" e "o mais belo dos anjos"... Atingido pelo raio e maldito, este Lúcifer cósmico tornou-se o Anticristo cósmico, isto é, o sol negro em relação ao sol dourado, esse último não se tratando do sol astronômico, mas do "coração místico do zodíaco". Estranhamente, este mito de repete-se em diversos povos que não tem ligação entre si: os LúciferHirritas da Ásia Menor e os Maias do México. Certamente, o termo Lúcifer não se refere a esse diabo do cosmos, mas o costume bimilenar consagrou-o dessa forma. De acordo com uma cabala rigorosa, dever-se-ia chamá-lo M'Amon, pois ele é o oposto de Amon = o Cristo cósmico. Os Hurritas cognominavam-no Koumarbi; os maias, Gukup' Cakix. Desde a antiguidade rabínica, Lúcifer foi confundido com Satã. Mas o primeiro diabo dos cosmos, inspira as falsas religiões cósmicas; o segundo, diabo do coração do globo, reina na feitiçaria.
Seguramente, este mito é a repercussão de um drama cósmico muito antigo: o de uma estrela ou de um sol explodido! A Gnose apresenta Lúcifer como "filho da aurora", indicando, dessa forma, que o drama foi o de nossas origens. Lúcifer = o elemento mental de uma estrela fulminada, não tendo nem corpo (o astro) nem espírito. Lúcifer teria se tornado o fantasma errante do cosmo, seu sol negro, móvel... É possível que Vênus tenha substituído a antiga estrela Lúcifer. Mas a confusão continua. Alguns querem que Vênus e Lúcifer designem o mesmo astro: Lúcifer seria, antes de mais nada, uma destas estrelas invisíveis, existindo apenas no plano das radiações que, em seu caso, são negativas. Em magia, corresponde a uma enorme força mental, mas sem a intuição, portanto, com tendência mecanizada: um robô, um computador, com um potencial X... É a impostura perfeita, a loucura em escala cósmica. Decaído do cosmo, LúciferLúcifer teria pretendido o domínio de nosso planeta, como planeta de substituição, subjugando, por diversas vezes, o demônio planetário Satã, isto acontecendo sempre no fim dos grandes ciclos de civilização, quando a humanidade enfraquecida degenera espiritualmente. Seria ele que dominaria a civilização moderna. Seu poder teria mesmo se acelerado durante a guerra de 1939, sendo Hiroshima sua mais bela vitória. A tendência de Lúcifer seria ritmar os cérebros da elite científica, de acordo com seu ritmo de computador celeste. Implantado na ciência de vanguarda, ele impulsionará esta para a destruição da natureza, para destruir o globo e finalmente para fazê-la ter a mesma sorte da antiga estrela, Lúcifer: a desintegração. Por imitação mecanística... Sendo um deus truncado só lhe cabe truncar a civilização e o homem: Lúcifer carece de dois elementos - a intuição e a vitalidade. O homem luciferiano se superintelectualiza, mas torna-se insensivelmente um robô ou computador; sua seiva vital seca. É um futuro morto-vivo. Segundo o esoterismo político, Lúcifer tinha um plano grandioso e absurdo: fazer com que a humanidade fosse governada por uma "sinarquia" de homens robotizados (falsos sábios) e tornar o globo o centro de uma imensa mecânica interplanetária, reinando a Terra sobre os satélites do Sol. É desnecessário afirmar que a "conquista do espaço" seria luciferiana, assim como a ciência aplicada do átomo e a dos computadores. O mesmo esoterismo comenta que Lúcifer governa estes novos robôs humanos por intermédio de robôs muito antigos, criados nos períodos luciferianos das antigas civilizações. São os Marout(s). Igualmente grave é o fato de o "deus fulminado" do espaço prolongar sua agonia tirando sua substância vital da natureza e do homem, debilitando um e outro! Os filósofos modernos "liberando" o impostor, fizeram dele este curioso Deus que evolui ao mesmo tempo em que o homem... O plano luciferiano de subversão seria contrariado por uma contra-subversão cosmo-telúrica: O Apocalipse.

(V. Marout, Lilith)

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